sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Revoluções Mentais

Quinta-feira, próximo de 17:30...

Enfim, perto do fim de mais um dia de trabalho e começo os preparativos para a faculdade, encerrar meu dia de trabalho e coisas afins quando me deparo com uma desilusão...

Meu chefe, que por (in)felicidade é meu pai, joga um balde de água em temperatura próxima a 0 Kelvin em planos que até então levaríamos juntos.

Tudo bem, penso, afinal ele é muito inconstante, nada fora do normal, mesmo frustrante e desanimador, não vou ligar muito pra isso.

Chegando na parada de ônibus, encontro meu colega. Colega este que considero um "aspirante a Che Guevara pós moderno" e que tenho grande apreço.

Começamos nossa conversa, cada um conta de seu dia e relembramos a conversa do dia anterior.

Tudo isso me desperta revoluções mentais, revoltas emocionais e um certo desânimo físico. Nada muito diferente de alguns dias em seu princípio, mas logo se mostra de uma urgência insaciável.

São momentos difíceis, pois neles relembro de outras revoluções, recordo desgostos e esqueço alegrias.

Mudanças se fazem necessárias, mas os meios para realizá-las estão um tanto quanto fora de meu alcance momentâneo.

A esperança da virada do mês é o que sustenta ainda de pé, pois no mês que se avizinha começarei mudanças.

Começo com uma leve mudança no meu visual, nada de muito diferente, apenas um piercing que é aguardado já tem algum tempo.

Logo pretendo mudar o cabelo, mas ainda não há idéias do que fazer.

Perder peso? Bom, duvido muito, pois não é algo que realmente me atrapalhe em primeira instância.

Começo os estudos de maneira efetiva na faculdade. Coloco isso como um dos focos primários de minha atual vida.

Amores, amigos e sentimentos? Bom, se fazem necessários, mas confesso estar um tanto quanto cansado de procuras em vão. Quem for verdadeiro em seus sentimentos por mim, virá por conta própria e sei disso.

Trabalho? Tenho 2, mas está bem cansativo, mas é o ônus a se pagar por um projeto de felicidade moderada que virá ao término de mais um ciclo em minha vida.

Planos? Nuca fiz e não será agora que farei. Planejo no máximo o final de semana e ainda assim nã é de maneira definitiva.

Idéias? Muitas, mas todas confusas eperdidas na minha cabeça.

Ideais? Bom, isso nunca soube que tinha e continuo sem saber...

Preciso ver um pôr do sol, ouvir uma música, ver um filme, beijar alguém, trocar um olhar, dormir por horas a fio, passar uma noite acordado rindo, enfim, preciso viver.

Espero companhia sincera, de gente legal,
Que me seja honesta e que não me faça mal.
Quero um momento a dois, um carinho sincero,
Para que eu não tenha depois, que dizer que me desespero.
Amigos em meu entorno, rindo e brincando,
Para que o desconforto, se afaste de mim chorando.
Rimas tolas e sem nexo, para encerrar um relato,
De mais um dia complexo, de um jovem imperecível.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Dia Chuvoso

Após um final de noite de muitos risos e cigarros, deito-me no pouco tempo que me resta de descanso para poder ir trabalhar no dia seguinte.

Acordo e com os olhos ainda entreabertos vejo a chuva lá fora e penso:
"Um dia chuvoso é fraco lá no serviço, não vai fazer tanto mal se eu não for"

Pois bem, decido então continuar dormindo.

Deito a cabeça no travesseiro novamente e lembro que ao meu lado está minha amiga.

Minha amiga que apareceu do nada na minha vida e que parece que nos conhecemos desde muito tempo, tanto tempo que parece impossível lembrar.

Me aconchego ao lado dela novamente e o sufocamento carinhoso dela ao deitar do meu lado, se enroscando em mim ao mesmo tempo que causa um leve desconforto, me traz felicidade, me faz sentir querido por ela.

Adormeço... Minutos depois começa uma maratona de chamados de meu amigo para que eu vá trabalhar. Enquanto penso numa desculpa para continuar dormindo, reclamo da insistência dele mentalmente mas logo me dou conta que é apenas mais uma demonstração de carinho, preocupação e zelo.

Enfim, volto a dormir... Acordo poucas horas depois com algumas conversas ao telefone que me deixam preocupado pelo tom de voz. Minha amiga, dona da casa discutindo com o seu trabalho pelo telefone.

Finjo não estar acordado até sua chegada ao meu lado. Então vejo que terá que trabalhar, nesse exato instante penso na burrada que fiz em não ter ido trabalhar ao mesmo tempo que isso me faz feliz.

Passa-se o tempo, ela vai ao trabalho, fico com meus amigos, almoçamos e eu e minha amiga "sufocantemente carinhosa" saímos. Ela irá trabalhar logo mais, nos encontraremos com nossa amiga, mas ela também tem compromisso.

Quando dou meu breve adeus à ambas na parada de ônibus me vem um pensamento:

"E agora, não fui trabalhar, não vou voltar pra casa agora e está muito cedo pro meu compromisso a noite..."

Mesmo assim pego o ônibus em direção à faculdade e ligo meu MP4 para me distrair. Adormeço e acordo quase na hora de meu desembarque.

Encontro a faculdade as moscas,pois não há aula nesse período do dia e não há como chamar nenhum conhecido para me fazer compania pois não há créditos neste meu celular agora desligado para evitar problemas com as ligações de casa e do meu 2º trabalho.

Paro em frente a biblioteca, acendo um cigarro e penso:

"Pois é... Mais um dia chuvoso na minha vida... E eu aqui, sozinho, sem opções do que fazer e determinado a não aumentar minha cultura..."

Deveria ter ido trabalhar e dormir na frente do computador... seria muito mais digno e honroso de minha parte...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Quereres (versão livre)

Vou lhes contar uma história... Se ela é real ou não, não sei ao certo.

Era uma vez um garoto, ah... tolice, era uma vez ele, vamos chamá-lo apenas de ELE para simplificar. ELE, um jovem sentimental porém frio, vivendo num mundo onde prefere um jogo de esconde-esconde a ter que encarar uma realidade indesejada por ele. ELE sofre sozinho, não apenas por solidão, mas por problemas gerados em sua própria personalidae confusa.

ELE conheceu ELA num momento propício para uma paixão adolescente, época escolar, término do ensino médio, efervescência de hormônios estampada em seu rosto. Mas a história se modificou ao passar do tempo... Do simples relacionamento descompromissado de jovens em seus 16 anos surgiu um amor incondicionável, onde ELE acredita ser mútuo.

O tempo passou, cada vez mais próximos e amando-se, ELE e ELA casam-se e começam a traçar planos, sonhos e ideais... Infortúnios surgem em seus caminhos e eles se separam. A nossa história deveria acabar por aqui, mas ELE não consegue por motivos um tanto quanto confusos pôr um fim nela.

Ah sim.. ELE, voltemos a ELE.

ELE tem amigos, vive cercados de pessoas que conforme o tempo passa se tornam mais seletas em seu núcleo fechado de vivência criando então um pequeno e sincero grupo de amigos que mais parecem uma família que outra coisa. É então que ELE muda de vida... Trabalha duro para para pagar sua faculdade, curso que escolheu e decidiu encarar com todas as forças. Estuda no tempo livre que tem entre as jornadas de trabalho e o pouco tempo que dispensa com amigos e apesar de ter seus dias cheios de movimento, pessoas, relacionamentos diferentes, se sente vazio, oco, como uma caverna totalmente desabitada onde ecoa um grito de ajuda.

Sim, ELE está em um moento confuso, pois tanto acha bom estar sozinho, como sente um desespero alucinante por alguém a seu lado preenchendo de afeto seu coração adormecido em trevas.

Bom, sejamos sinceros, quem conhece ELE, sabe exatmente quem ele é e como se sente de verdade. Sejamos mais verdadeiros ainda, POUCOS sabem de sua verdadeira face e de seu estado, tanto emocional quanto mental.

Um dia qualquer ele reencontra seu antigo amor, aquele que citei da época escolar que acabara virando sua esposa anos mais tarde, e começam a conversar sobre assuntos novos, suas novas vidas... Mas toda vez q ELE oha nos olhos dela, os sentimentos afloram novamente confundindo sua mente instável.

Em seu quarto, ele acende um cigarro, liga o som e ouve velhos rocks apenas para dar asas a sua mente para logo após escrever em seu blog fragmentos ininteligíveis de sua vida.

Uma história confusa porém simples, mas que lhe aflige todos os dias...

Verdade? Mentira? Fábula?

Não sei lhe dizer ao certo, mas me fascino com essa história toda vez que a recordo...